Rosácea: como identificar, principais gatilhos e tratamentos recomendados pela dermatologia
- Administrador
- há 3 dias
- 4 min de leitura
Atualizado: há 2 dias

Introdução
A rosácea é uma condição inflamatória crônica da pele que afeta principalmente o rosto, causando vermelhidão, vasos sanguíneos visíveis e, em alguns casos, pequenas protuberâncias semelhantes à acne. Estima-se que cerca de 5% da população mundial seja afetada por esta condição, que pode impactar significativamente a qualidade de vida e a autoestima. Para quem busca um dermatologista em Vitória ES especializado no tratamento desta condição, entender seus sintomas, gatilhos e opções terapêuticas é fundamental para obter resultados satisfatórios no controle da doença.
Tipos de rosácea e como identificá-los
A rosácea se manifesta de formas variadas, sendo classificada em quatro subtipos principais:
Rosácea eritematotelangiectásica
Caracteriza-se por vermelhidão persistente no centro do rosto, especialmente nas bochechas, nariz, queixo e testa. Vasos sanguíneos dilatados (telangiectasias) são visíveis sob a pele, e episódios de rubor intenso podem ocorrer com frequência;
Rosácea pápulo-pustular
Além da vermelhidão, aparecem pápulas inflamatórias (pequenas elevações vermelhas) e pústulas (lesões com pus) semelhantes à acne, porém sem cravos. Este tipo geralmente causa sensação de queimação e desconforto na pele;
Rosácea fimatosa
Tipo mais comum em homens, caracteriza-se pelo espessamento da pele e textura irregular, principalmente no nariz (rinofima). Os poros se tornam dilatados e a pele adquire aparência nodular e endurecida;
Rosácea ocular
Afeta os olhos, causando sensação de corpo estranho, secura, irritação e vermelhidão nas pálpebras e olhos. Se não tratada, pode levar a complicações mais sérias, como inflamação da córnea.
Principais sintomas que ajudam a identificar a rosácea
A rosácea frequentemente apresenta sintomas que ajudam em sua identificação:
Rubor facial recorrente e duradouro (flush);
Sensibilidade aumentada da pele a produtos cosméticos comuns;
Sensação de ardência ou queimação na pele;
Pele extremamente reativa a estímulos externos (calor, frio, vento);
Vermelhidão que se intensifica após consumo de certos alimentos ou bebidas;
Pele mais seca e áspera que o normal;
Tendência a apresentar capilares visíveis no rosto (vasinhos);
Inchaço no rosto, especialmente após exposição a fatores desencadeantes.
Gatilhos comuns que desencadeiam crises
Identificar e evitar os fatores desencadeantes é essencial para controlar a rosácea. Os gatilhos mais comuns incluem:
Fatores ambientais
Exposição solar (principal fator agravante);
Temperaturas extremas (muito calor ou frio intenso);
Vento forte;
Umidade baixa e ambientes com ar condicionado;
Poluição atmosférica.
Alimentos e bebidas
Bebidas alcoólicas, especialmente vinho tinto e destilados;
Alimentos picantes e condimentados;
Bebidas quentes como café e chá;
Alimentos ricos em histamina (queijos maturados, conservas, alimentos fermentados);
Alimentos termogênicos que aumentam a temperatura corporal.
Fatores emocionais e estilo de vida
Estresse emocional e ansiedade;
Exercícios físicos intensos sem os devidos cuidados;
Distúrbios do sono e fadiga crônica;
Banhos muito quentes ou saunas.
Produtos cosméticos e medicamentos
Cosméticos com álcool, fragrâncias ou conservantes irritantes;
Esfoliantes físicos ou químicos agressivos;
Certos medicamentos tópicos, como corticoides.
Tratamentos dermatológicos eficazes para a rosácea
O tratamento da rosácea deve ser personalizado, considerando o subtipo predominante e a gravidade dos sintomas:
Tratamentos tópicos
Metronidazol: age como anti-inflamatório e antimicrobiano, reduzindo pápulas e pústulas;
Ácido azelaico: diminui a inflamação e ajuda a controlar o crescimento bacteriano;
Ivermectina tópica: eficaz no controle da inflamação associada ao Demodex (ácaro presente naturalmente na pele);
Brimonidina: reduz a vermelhidão facial por ação vasoconstritora;
Retinoides tópicos: em casos selecionados, ajudam a regular a renovação celular.
Tratamentos orais
Antibióticos da classe das tetraciclinas (doxiciclina, minociclina): usados em doses anti-inflamatórias;
Isotretinoína: em casos graves ou resistentes, especialmente com componente fimatoso;
Medicamentos específicos para controle dos flushs, como betabloqueadores, em casos selecionados.
Procedimentos dermatológicos
Laser vascular: altamente eficaz para reduzir vasos sanguíneos visíveis e vermelhidão difusa;
Luz intensa pulsada (IPL): melhora a textura da pele e reduz telangiectasias;
Laser CO2 fracionado: para casos de rinofima ou alterações fimatosas;
Eletrocoagulação: para vasos mais calibrosos.
Cuidados diários essenciais para controlar a rosácea
Uma rotina de cuidados adequada é fundamental para o manejo da rosácea:
Limpeza
Use limpadores suaves, sem sabão e sem fragrância;
Evite esfregar a pele ou usar esponjas e esfoliantes;
Água morna ou fria para lavagem (nunca quente);
Seque o rosto suavemente, apenas pressionando a toalha (sem esfregar).
Hidratação
Hidratantes calmantes com ingredientes como niacinamida, alantoína ou ceramidas;
Produtos formulados especificamente para pele sensível e com rosácea;
Evite hidratantes com álcool, mentol, cânfora ou ácidos em alta concentração.
Proteção solar
Protetor solar físico (com óxido de zinco e dióxido de titânio) FPS 50 ou superior;
Reaplicação frequente, mesmo em dias nublados;
Uso de chapéus e óculos de sol como proteção adicional;
Evite exposição solar direta, especialmente entre 10h e 16h.
Quando procurar ajuda profissional
É recomendável consultar um dermatologista especializado quando:
Os sintomas persistem mesmo com cuidados básicos;
A vermelhidão facial é persistente ou piora gradualmente;
Há formação frequente de pápulas e pústulas;
A condição afeta significativamente sua qualidade de vida ou autoestima;
Você nota alterações na textura da pele, como espessamento ou nodularidade;
Apresenta sintomas oculares como vermelhidão, ressecamento ou irritação constante.
Avanços recentes no tratamento da rosácea
A dermatologia tem avançado significativamente no tratamento da rosácea:
Desenvolvimento de novos medicamentos tópicos específicos para rosácea;
Tecnologias avançadas de laser com menor tempo de recuperação;
Maior compreensão do papel do microbioma cutâneo e do Demodex na patogênese;
Abordagens integradas que consideram fatores como dieta, microbioma intestinal e saúde mental.
Conclusão
A rosácea é uma condição crônica que requer diagnóstico preciso e tratamento personalizado para seu controle eficaz. Entender os gatilhos individuais e adotar cuidados diários adequados são pilares fundamentais para minimizar os sintomas e prevenir crises. Se você identifica sinais de rosácea em sua pele, agende uma consulta com a Dra. Pauline Lyrio, dermatologista em Vitória, para uma avaliação detalhada e elaboração de um plano de tratamento personalizado que proporcione resultados duradouros e melhora significativa na qualidade da sua pele e bem-estar.